APROVAÇÃO: ANVISA aprova imunoterapia com avelumabe no tratamento do câncer avançado de bexiga
O tratamento com quimioterapia baseada em platina é a terapia de escolha na primeira linha de tratamento do carcinoma urotelial de bexiga em estádio avançado. Apesar das taxas de resposta de cerca de 50% e controle de doença de 80%, a maioria dos pacientes apresenta progressão de doença dentro de aproximadamente 9 meses. Com o objetivo de melhorar este cenário, o estudo randomizado de fase III JAVELIN Bladder 100, apresentado na ASCO 2020 e publicado no New England Journal of Medicine, analisou a terapia de manutenção com o anticorpo anti-PD-L1 avelumabe após 4-6 ciclos de quimioterapia com platina e gencitabina em pacientes com carcinoma urotelial de bexiga avançado. O objetivo primário de sobrevida global na população geral foi alcançado, com redução do risco de morte de 31% para o grupo que recebeu imunoterapia. O FDA havia aprovado este regime de tratamento nos EUA em 30 de junho de 2020.
Detalhes do Estudo
– Estudo de fase III, internacional, prospectivo, randomizado, aberto
– N= 700 pacientes com carcinoma urotelial avançado de bexiga sem progressão de doença após 4-6 ciclos de quimioterapia com gencitabina associado a platina (carboplatina ou cisplatina)
– Braços do estudo: Avelumabe 10mg/kg IV a cada 2 semanas e suporte clínico x suporte clínico. O tratamento era mantido até progressão de doença
– Resultados: Ganho em sobrevida global (21,4 meses no braço avelumabe x 14,3 meses) com redução de 31% no risco de morte (HR=0.69; 95% IC=0.56-0.86; P=.001).
O que muda na prática?
Avelumabe de manutenção é uma sólida opção de imunoterapia para pacientes com carcinoma urotelial metastático com doença controlada após uso de quimioterapia baseada em platina.
Referências